domingo, 22 de setembro de 2013

Sonhos de criança

Pergunto-me em que estação me encontro. O outono já começou mas ainda não me despedi do verão. Ainda tenho sede. Não sei em que paragem sair.
As ondas da praia. As ondas do mar... Chamam por mim! Mergulho e sinto-me cheia, independentemente da maré. Ao nadar fico sem pé, quando surge um medo saudável. Medo de não ter os pés assentes no chão. Perdi o meu próprio controle. Deixo-me levar e, dou por mim a ser enrolada. Baralhada, com areia dos pés à cabeça. Mas volto a mergulhar. Apercebo-me da corrente. Deixo-me ir e, fico de pernas para o ar. O mar não está morto. Eu também não. Senti-me uma sereia medíocre num "império" sublime. Saí da água e moí o meu sonho durante uns instantes. Acordei. O sol estava a pôr-se, enquanto o céu adotava uma cor transcendente. Cor de Rosa. Assim como o meu sonho. Senti-me estupidamente privilegiada e gozei os últimos segundos de cena. O céu, o mar, o sol, parecia um teatro improvisado. Cada um com o seu papel, com a sua mensagem. Aplaudi a minha sorte. Aplaudi a minha vida. Aplaudi o meu sonho cor de rosa. 

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