quinta-feira, 3 de outubro de 2013

De mim Para ti

Se pudesse eu ter uma lúcida e nítida visão,
Sobre tudo e sobre nada, sobre mim e sobre ti,
Sentir-me-ia banhada em ouro. Teria uma vida boémia.
Mas estou ofuscada por vários tipos de nevoeiro.
Ideias, pensamentos, atitudes, que não são carne nem são peixe.
Madrugadas divinas, deitam gotas ácidas sobre o meu rosto.
Trapos, farrapos, cobrem-me a pele. 

Revestem o juízo efervescente que preenche o meu caráter percetível.
Sinto-me nua como a lua. Idiota. Condenada.
tensão aumenta ao ritmo do batimento cardíaco.
Tiro o chapéu à prudência consciente, à alma limpa e inocente. Quero senti-la presente.
Quero ser livre e voar como um pardal
As asas? Sinto-as presas. Procuro a chave aqui e ali.
Dizes-me ser fácil. Que basta querer.
Ora se tão simples fosse tal acontecimento, em que árvore pousaríamos? Em que ninho nos esconderíamos?

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