quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nível 10

Pés no chão, cabeça no ar... Lar doce lar. Porto seguro. Confortável às milhentas ideias. Moldado às várias fantasias. Entusiasmado pelos inúmeros desejos. 
Encho-me. Encho-me de tudo e mais alguma coisa. Vontade, confiança, perspicácia. 
Julgo me sábia. Não sei se acredito.
Saio, mas volto a entrar. As costas quentes arrefecem. As críticas anónimas despem-m'alma. Sujam-na.
Os gestos alienados são arrogantes, ignorantes... Traduzem-se numa incomoda comichão. 
Não digo, penso. Não finjo, sinto. Sinto com tudo aquilo que tenho. Sinto-me um sujeito único. Um sujeito sujeito a qualquer balde de água fria. O pânico e o susto juntam-se em equipa. Mas vão murchando, como uma planta cortada pela raiz.
Sai muito pela boca e pouco pela razão...
Continuo a julgar. A não saber acreditar. Mas reconheço que condenado a julgamento, apenas quem desiste. E eu ainda estou em jogo. 

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