tag:blogger.com,1999:blog-21915426936354029112024-02-20T01:13:23.761-08:00Ninguém para além dos meus botõesAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-56480034617428475222015-01-25T04:07:00.000-08:002015-01-25T04:07:04.408-08:00na esperança de<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: x-small;">Os anos foram passando e o sorriso inocente virou peça de teatro. Aquela criança ingénua que achou que um dia podia ser tudo, sumiu.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Adoptei uma postura fechada. Vedei o meu lar, para evitar possíveis intrusos. Para a minha festa melancólica ninguém está convidado. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: x-small;"> </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Vivo na luz da expectativa e na escuridão da desgraça. </span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Vivo rodeada de inimigas que adoptam uma postura inútil e manipuladora, assumindo o meu nome. Sussurram-me s</span><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">egredos mascarados de conselhos e disfarçados de bondade. </span><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Acariciam-me os meus cabelos, curtos e crespos, com garras afiadas. Olham-me com um piscar rítmico entre a humilhação e o desprezo. T</span><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">apam-me os olhos e atam-me as mãos.</span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Sinto-me cansada e miserável. E o cansaço da miséria tornou-se miseravelmente cansativo.</span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Rendi-me à dificuldade e guardei a motivação debaixo da cama. Para que pudesse descansar a penúria. Adormecer no vazio e afundar-me na náusea desta maré incerta e imprevisível.</span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Afundo, mas não me afogo. Aprendi a nadar contra marés negras em busca de um mar de rosas. Não carrego mapas nem me apodero de bússolas. </span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">E</span><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"> divido-me. A sereia inocente virou cardume esfomeado de sabedoria e esperança.</span><br /><span style="color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;">Luto contra um monstro desnaturado chamado "EU". </span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Sinto-me inútil, incapaz. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Vivo numa mudança constante entre uma estabilidade a preto e branco à moda antiga e um entusiasmo florescente que roça a moda actual. <br />As cores passam como turistas num país distante chamado "mente". Onde tudo se passa, tudo acontece. Onde nada se esclarece, nada falece. </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Os que me ajudam, ou tentam salvar? Vejo-os como ameaças. Tudo o que oiço daquelas bocas soam-me a críticas infelizes. E penso, afinal, o que e que sou capaz e fazer? </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Não sei quem sou. Não sei o que quero ser. E continuo, a festejar sozinha, o meu futuro incerto. </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Há que levantar a palavra e não o tom de voz. É a chuva que faz crescer flores, não os trovões.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.285999298095703px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">O meu jardim está miserável. Sinto-me uma jardineira desmotivada. Pois tudo murcha, por mais belo que seja.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;">Não preciso que me pisem as sementes ou que cuspam para cima delas. Preciso de um espírito amigo, incentivador, que me agarre as mãos nervosas ao pegar no regador.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;">Preciso de muita paz. Muita compreensão para aquilo que nem eu sou capaz de explicar. </span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;">Já bati com a cabeça na parede, depois de andar a jogar sozinha ao quarto escuro. Não preciso que me ditem as regras. Já perdi o jogo. Já percebi como devo jogar para ganhar. Só peço que esta claque chamada família e amigos me apoie. Continue a berrar o meu nome. A bater palmas e a tocarem os tambores. </span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;">Não deixe de ser o meu treinador. Não me exclua da equipa nem me ponha nas bancadas. A esperança é a última a morrer. E eu já vesti o equipamento. </span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;"><br /></span></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><span style="color: #333333;"><span style="line-height: 20.285999298095703px;"><br /></span></span></span></span>
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-73488866109564438312015-01-25T04:01:00.000-08:002015-01-25T04:01:08.281-08:001+1+1=3<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Começamos por chorar a nossa existência. Vamos crescendo e adaptando-nos a uma certa realidade. Somos almas pequenas de coração grande. Brincamos e rimos como quem inspira e expira. Sentimos-nos naturalmente felizes, simplesmente felizes. Mas que rica infância, que poderoso período inconsciente! O tempo vai passando. 1+1 são dois, isto+isto é aquilo.<br />Dizem que somos a geração do futuro. Dizem que a nossa geração está perdida. Então... poderei, nervosamente, afirmar que o futuro está perdido? <br />Falar? Todos falamos. O que nos diferencia não consiste naquilo que fazemos, mas como o fazemos. <br />Posso ficar de braços cruzados e entrar na maré dos imbecis desmotivados. Mas também posso ter 3 dedos de testa e limpar o rótulo delinquente que me colocaram. Não, não passamos de uma cambada de ignorantes, cujo único interesse é afundar as mágoas inúteis em fofocas fúteis e copos cheios. Não, não somos pessoas com uma visão antiquada em relação às coisas que se passam há nossa volta. Não não somos todos areia do mesmo saco. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-83475381160089882522014-05-08T14:20:00.002-07:002014-05-08T14:24:29.220-07:00Meu querido Pai, <div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Dois corpos. Duas almas. Dois amores. Duas vidas. </span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Um casal. Um casal com duas filhas.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eu? Sou apenas um fruto pequenino de uma árvore tão grande.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Nós? Somos uma família. Passam ventos e tempestades, mas as raízes permanecem firmes no chão e os ramos prontos para uma nova vegetação.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Um dia vou amadurecer. Mas agora, vou agradecer. </span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A minha sorte. A minha educação. A minha experiência. A minha tradição.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O meu jovem e inocente percurso! Muito viajei, muito ri, muito festejei. Mas tenho ainda tanto para aprender...</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Espero perder-me. Nestes caminhos escuros, nestas curvas inesperadas. Espero procurar e descobrir aquilo que desejo inconscientemente seguir. Mas agora, basta sentir.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Vou continuar a ser regada. Com palavras sinceras e preocupadas. Com gestos afectuosos e calorosos. Com um exemplo de esforço e motivação que nunca sairá do meu coração!</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Serão sempre relembrados os gritos. Berraremos a nossa existência! E se nos chamarem de loucos... Somos loucos mas poucos.</span></span></div>
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Há quem tenha fé. Há quem tenha sucesso. Há quem tenha mil e um planos na cabeça para um dia chegar a ter alguma coisa.</span></span></div>
<br />
<div class="p1">
<span class="s1"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eu tenho um Pai, e isso chega.</span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-46400279628926648482014-02-25T18:19:00.001-08:002014-02-25T18:22:48.324-08:00Vitória, vitória, acabou-se a história? <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não faço ideia por onde começar. O problema está na procura constante de recomeços e na fuga da continuidade. Por isso vou tentar empregar muitas vírgulas neste texto, que te prometi e, que tanto esperaste. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não escrevo com o coração apaixonado nem com os olhos deslumbrados, mas com a cabeça descansada e consciência desenxovalhada.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Escrevo porque gosto de escrever. Escrevo-te porque gostas do que escrevo.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Vivo numa mudança constante entre uma melancolia a preto e branco à moda antiga e um entusiasmo florescente que roça a moda actual. As cores passam como turistas num país distante chamado "mente". Onde tudo se passa, tudo acontece. Onde nada se esclarece, nada falece. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Vivo na luz da expectativa e na escuridão da desgraça. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Vivo rodeada de inimigas que adoptam uma postura inútil e manipuladora, assumindo o meu nome. Sussurram-me s</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">egredos mascarados de conselhos e disfarçados de bondade.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Acariciam-me os meus cabelos, curtos e crespos, com garras afiadas. Olham-me com um piscar rítmico entre a humilhação e o desprezo. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Elas tapam-me os olhos e atam-me as mãos.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sinto-me cansada e miserável. E o cansaço da miséria tornou-se miseravelmente cansativo.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Rendi-me à dificuldade e guardei a motivação debaixo da cama. Para que pudesse descansar a penúria. Adormecer no vazio e afundar-me na náusea desta maré incerta e imprevisível.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Afundo, mas não me afogo. Aprendi a nadar contra marés negras em busca de um mar de rosas. Não carrego mapas nem me apodero de bússolas. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> divido-me. A sereia inocente virou cardume esfomeado de sabedoria e esperança.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Luto contra um monstro desnaturado chamado "EU". </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Insisto e não desisto. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E venço. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Venço porque me ajudas-te a vencer. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Venço porque me acordas-te do sono pesado e do sonho desmotivado. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Venço porque acrescentaste o cinzento na visão a preto e branco. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Venço porque a tua mensagem foi nítida, clara e profunda como aquele lago que me falas-te. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span>
<br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-24652302004952511502014-01-27T14:59:00.000-08:002014-01-27T14:59:01.967-08:00Só porque sim.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Hoje escrevo. Não me perguntem porquê. Parem de perguntar aquilo que faço, e porque faço!<br />Hoje escrevo, só porque sim. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Guardei a paciência num baú. Porque esta está velha.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Guardei a minha experiência. Memórias. Recordações. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sinto-me antiquada, com tantos pensamentos fora de prazo. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Na vida tudo dura. Mas nem sempre perdura.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Aquilo que digo hoje não tem que ser aquilo que digo amanhã. <br />Porque aquilo que digo vem de mim. E eu mudo. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se é "loucura" que tratam a "mudança", deixem-me enlouquecer. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se é "lucidez" que tratam a "estabilidade", deixem-se desequilibrar. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Uma vida plana não é plena. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pequenos grandes pensadores... Oh pensadores... Não me venham com filosofias baratas! </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pensar é imaginar. E se não imaginam, não criam. <br />Dizem e fazem, só porque há quem diga e quem faça. <br />Isso não é criação, é imitação. Não é produção, é reprodução. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Deixem-me acender a luz. Não me obriguem a entrar na gruta que vos acolhe nos momentos reais da vida. Não me peçam para viver na vossa ilusão confortável. Pois esse vosso conforto... incomoda-me!</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Deixem-me despir a esperança. Deixem-me acordar dos sonhos, para poder realiza-los.<br />"Quem espera sempre alcança"? Quem espera desespera. E eu estou à beira do desespero.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Hoje faço. Hoje faço, só porque sim.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Deixem-me seguir instintos. Os meus instintos. <br />Deixem-me ser irracional como vocês, e nem se atrevam a levar-me a julgamento! </span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Grandes pequenas teorias sobre a vida... Oh vida... Não me venhas com gente </span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">medíocre.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quero ser eu à minha maneira, não à maneira que os outros querem que eu seja. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não posso esperar. O tempo não para e a minha cabeça tem pressa. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Planear? O que é que eu sei sobre os planos? </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Tanto para aprender. Tanto para ensinar. Talvez o melhor seja improvisar.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Deixem-me despir a inutilidade de tanta interrogação.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Deixem-me ser como sou, só porque sim. </span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-90060394624439685552014-01-18T03:28:00.001-08:002014-01-18T10:42:56.399-08:00Mentes criminosas<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Deitada numa cama, de olhos fechados e consciência aberta. A noite passada foi dura. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Bombardeamentos invadiram-me o quarto. Eram uns atrás dos outros. E eu, com uma capacidade tão fraca, como sempre, para os enfrentar. Eram atitudes despropositadas. Olhares descabidos. Bocas desavergonhadas. Que entraram disparadas e partiram as janelas do meu quarto. Sentia-me isolada. Desprotegida, enquanto a saturação cobria o susto. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fui pedir socorro, mas faltava-me a voz. Faltava-me a coragem para gritar e por isso decidi esconder-me, mais uma vez. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Cobri-me com os lençóis. Estavam sujos e frios. Tentei colocar-me numa posição confortável, mas demorei algum tempo a conseguir. Até que adormeci, apesar de todo o caos que me rodeava. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Acordei. Acordei com a tenção baixa. A enfermeira perguntou-me se estava bem e a que horas tinha chegado a casa. Disse para não se preocupar, que tinha chegado cedo. E eu, com um incentivo tão pequeno, como sempre, para me levantar. Não queria que me abrissem os estores. Nem que me trouxessem o pequeno almoço à cama. Queria apenas que me deixassem acordar, sozinha. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não queria perguntar pelo médico, mas tinha um remédio. Tinha-me a mim e à minha cabeça. Fiquei ali, a remoer soluções enquanto vasculhava na farmácia as estantes mais altas. Tive que subir num pequeno escadote. E cheguei lá. Estava no topo do topo, um frasquinho que dizia "Para levantar" e traduzia "Sobrevivência". Agarrei-o rapidamente e, engoli o xarope sem hesitar. Sem fazer uma única careta. Já me bastam os palhaços que me aterrorizaram o sonho. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Lutei contra o edredão pesado que me cobria o corpo e abri os olhos. E eu, com um receio tão grande, como sempre, de que o remédio não fizesse efeito. Ou que não tivesse tomado a dose certa. Enfim... Não suspirei. Afinal... de que valia a pena lamentar? </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Estava na hora de reparar os estragos. Organizá-los, arrumá-los em gavetas. Limpar a poeira, presente em toda a parte. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E eu, com um cansaço enorme, como sempre, de trabalhar ao fim de semana. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-10960929877935431142014-01-16T14:35:00.002-08:002014-05-11T06:39:57.669-07:00Ainda em processo <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Aqui estou eu, de cabeça quente e dedos enferrujados. Numa tentativa de desabafo desesperado com o coração apertado.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quando num dia temos o quase tudo, e no outro o quase nada.<br />Quando nos sentimos cheios de pouco e ficamos vazios de tanto...<br />De nada adianta ignorar a questão. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pensamos. Supomos. Repensamos. Questionamos? Optamos. <br />Parece fácil. Até se tornar num ciclo que cai numa rotina constante. <br />Porque depois de optar, voltamos a pensar, a supor, a repensar e a questionar. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Feliz seria se chegasse a uma etapa que para além do ponto final, muda-se o parágrafo. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Feliz seria, se não pensasse tanto.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Mas o verdadeiro feliz, é o completo ignorante.<br />H</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">oje escrevo aquilo que penso e questiono diariamente. Algo que ainda não consegui ignorar. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Porque é que o conceito de aceitação é algo tão estranho, tão difícil? Tão distante? Há sempre quem aponte o dedo, independentemente do que se diga, faça ou pense. Não é algo típico desta sociedade em particular. Mas sim da sociedade em geral. Pois tudo o que é novo choca. E tudo o que choca... é mal visto.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Lutamos constantemente por ideias próprias, o que é importante. E muito bonito. Mas será que algum dia vamos vencer? Como é que vamos ser ouvidos e respeitados, se não ouvimos e respeitamos os outros? Talvez andemos a lutar com vendas nos olhos e espadas atrás das costas. <br />Estamos demasiado habituados a censurar o ordinário. A criticar o obsceno. A julgar o louco.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Feliz seria se conseguisse ignorar os loucos com ideias obscenas e ordinárias. <br />Feliz seria se todos o conseguíssemos fazer. <br />Mas o verdadeiro feliz, é quem o faz, sem querer saber. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-81804756382544780832013-11-14T16:10:00.000-08:002013-11-14T16:10:40.244-08:00Nada a fazer<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tenho em mim todos os poderes do mundo. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eu morro, mas a esperança ainda não.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Poemas escritos em vão, criticados por uns e esfregados no chão.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não se trata tradição, é inspiração, amor no coração.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É pura poesia, mais intensa que uma mera fantasia! </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Expressão de sentimentos que transbordam </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">aquela felicidade paradoxa, aquela tristeza medonha.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Naquele dia vivaz, repleto de genuinidade afogada em paz. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">De todos os momentos de consciência pesada, que furam o sistema, </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">que me </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">salvam da cambada. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Intolerante à promessa, habituada ao desencanto. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Há que ser flexível quando subitamente surge o pranto. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É apertar os atacadores de debate e caminhar para o sucesso. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Isto não passa de um constante e áspero processo.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-55691228580220615812013-10-31T16:25:00.000-07:002013-11-17T04:34:37.344-08:00O Chá das 5<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A vida é grande. Pode durar mais ou menos tempo. Ser mais ou menos feliz. Mas a vida é feita de mais e de menos.<br />É um sopro de mudança e transformação. Adaptação e evolução.<br />Uns vão, outros ficam. Uns julgam, outros aceitam. Uns sabem, outros não querem saber.</span><br />
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A vida é um constante looping. Subidas ansiosas, descidas inesperadas, voltas estonteastes. </span></div>
<div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É feita de planos, desejos, impulsos. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É feita para ser vivida. Aproveitada. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Arriscar sem medo de falhar.<br />A vida é</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> uma obra de arte. Um desabafo. Um descontrolo de emoções. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É paixão. Por mim. Por ti. Pelo mar, pelo sol, pela lua. Pelo ar que respiramos. Pelo sangue que nos corre nas veias.<br />É um percurso. Simples para quem vive em simplicidade.<br />O passado já foi. O presente já é. O futuro vai ser.<br />Não quero prever. Quero ser. Quero estar. Com calma. Com tempo.</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-9013122456895671952013-10-30T16:12:00.002-07:002013-10-30T16:16:04.526-07:00Nível 10 <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pés no chão, cabeça no ar... Lar doce lar. Porto seguro. Confortável às milhentas ideias. Moldado às várias fantasias. Entusiasmado pelos inúmeros desejos. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Encho-me. Encho-me de tudo e mais alguma coisa. Vontade, confiança, perspicácia. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Julgo me sábia. Não sei se acredito.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Saio, mas volto a entrar. As costas quentes arrefecem. As críticas anónimas despem-m'alma. Sujam-na.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Os gestos alienados são arrogantes, ignorantes... Traduzem-se numa incomoda comichão. </span><br />
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não digo, penso. Não finjo, sinto. Sinto com tudo aquilo que tenho. Sinto-me um sujeito único. Um sujeito sujeito a qualquer balde de água fria. O pânico e o susto juntam-se em equipa. Mas vão murchando, como uma planta cortada pela raiz.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sai muito pela boca e pouco pela razão...</span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Continuo a julgar. A não saber acreditar. Mas reconheço que condenado a julgamento, apenas quem desiste. E eu ainda estou em jogo. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-24710770010154768052013-10-04T10:57:00.001-07:002013-10-04T10:58:37.525-07:00Mãos cheias<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quando te sinto pequeno e apertado perante algo tão grandioso...</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Oh pobre coração!</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Será saudade?</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Difícil expressar por palavras.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Talvez seja necessidade de descobrir um mistério.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O que sei eu sobre o mistério? Nada, para além de ser certamente misterioso.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Devo acalmar-te e adormecer a ansiedade que te perturba esta sede ignorante.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Devo fazer-te esquecer o sentimento para o qual não existe conforto possível.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Devo procurar. Procurar algo que te faça palpitar com mais segurança e menos receio.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E aos poucos, preencher-te com tudo aquilo que tenho.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-10670653391744453152013-10-04T10:42:00.001-07:002013-10-04T10:59:17.703-07:00Desperdício <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tantas vidas, tanta gente, tanta coisa...</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A inveja dá movimento de mais aos olhos,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Cegam-nos e tiram-lhes o bom e verdadeiro dom de observar, apreciar.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Puro egoísmo e hipocrisia supérflua ocupam cargos injustos.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A concentração toma um rumo alheio. Um desejo patético do impossível.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Focam-se na luz do outro, aparentemente mais forte, e tornam-na como um evidente objetivo.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Acabam com lágrimas desapontadas e desistentes. Destroem a confiança e a auto-determinação.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tentar ser o que não se é, saí caro.</span><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-57615078302925522892013-10-03T14:46:00.000-07:002013-10-03T14:49:10.056-07:00De mim Para ti <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se pudesse eu ter uma lúcida e nítida visão,<br />Sobre tudo e sobre nada, sobre mim e sobre ti,<br />Sentir-me-ia banhada em ouro. Teria uma vida boémia.<br />Mas estou ofuscada por vários tipos de nevoeiro.<br />Ideias, pensamentos, atitudes, que não são carne nem são peixe.<br />Madrugadas divinas<span id="eL_1_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">,</span></span> deitam gotas ácidas sobre o meu rosto.<br />Trapos, farrapos, cobrem-me a pele. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Revestem o juízo efervescente que preenche o meu <span id="eL_2_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroOrtografico" style="cursor: pointer;">caráter</span></span> <span id="eL_3_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroOrtografico" style="cursor: pointer;">percetível</span></span>.<br /><span id="eL_4_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">Sinto</span></span>-me nua como a lua. Idiota. Condenada.<br />A <span id="eL_5_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">tensão</span></span> aumenta ao ritmo <span id="eL_6_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">do batimento cardíaco</span></span>.<br />Tiro o chapéu à prudência consciente, à alma limpa e inocente. Quero senti-la presente.<br />Quero ser livre e voar como um pardal<br />As asas? <span id="eL_7_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">Sinto</span></span>-as presas. Procuro a chave aqui e ali.<br />Dizes-me ser fácil. Que basta querer.<br />Ora se tão simples fosse tal acontecimento, em que <span id="eL_8_texto" style="padding-left: 1px;"><span class="FSG_erroSintatico" style="cursor: pointer;">árvore pousaríamos</span></span>? Em que ninho nos esconderíamos?</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-49738213276655607692013-09-22T16:54:00.001-07:002013-09-22T16:54:20.328-07:00Sonhos de criança<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pergunto-me em que estação me encontro. O outono já começou mas ainda não me despedi do verão. Ainda tenho sede. Não sei em que paragem sair. <br />As ondas da praia. As ondas do mar... Chamam por mim! Mergulho e sinto-me cheia, independentemente da maré. Ao nadar fico sem pé, quando surge um medo saudável. Medo de não ter os pés assentes no chão. Perdi o meu próprio controle. Deixo-me levar e, dou por mim a ser enrolada. Baralhada, com areia dos pés à cabeça. Mas volto a mergulhar. Apercebo-me da corrente. Deixo-me ir e, fico de pernas para o ar. O mar não está morto. Eu também não. Senti-me uma sereia medíocre num "império" sublime. Saí da água e moí o meu sonho durante uns instantes. Acordei. O sol estava a pôr-se, enquanto o céu adotava uma cor transcendente. Cor de Rosa. Assim como o meu sonho. Senti-me estupidamente privilegiada e gozei os últimos segundos de cena. O céu, o mar, o sol, parecia um teatro improvisado. Cada um com o seu papel, com a sua mensagem. Aplaudi a minha sorte. Aplaudi a minha vida. Aplaudi o meu sonho cor de rosa. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-13023391109493109482013-09-17T13:29:00.001-07:002013-09-18T12:50:55.649-07:00Emprego mal pago<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Uns malucos quais</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">quer decidiram procriar. Diz-se paixão... </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Trouxeram ao mundo um novo ser. Eu. </span><br />
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Estou dentro de um corpo. Tenho um cérebro que pensa, uns pulmões que respiram, um coração que sente. Mecanismos que permitem que este corpo aja e reaja. Diz-se organismo. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não tive oportunidade de escolher nem o tempo nem o espaço em que estou inserida. Simplesmente nasci, com um sexo e um nome aleatório. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Mas que raio de trabalho me foram confiar. Encarar uma personagem e fazer-me à vida. Adaptar-me à evolução social e económica. Cultural e política. Acreditar que existe o certo e o errado, a sorte e o azar. Enfrentar os dias e as horas a que eu chamo barreiras, para dificultar aquilo a que chamam metas. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Fui ainda limitada a 5 sentidos, 7 notas musicais e a 7 cores. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sou uma rés pensante. E ando para aqui a pensar, porque é que vim cá parar. </span></div>
<div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-60565007812825738782013-09-13T11:28:00.002-07:002013-09-13T11:28:59.211-07:00É no que dá. <span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ataques de insegurança, momentos sem esperança.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sentimento suspeito, de algo mal feito.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Desespero de conhecer, à procura do prazer.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Atitude parada, estadia falhada.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sonho esquecido, tudo perdido!</span><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-70918693492652392482013-09-02T20:24:00.000-07:002013-09-03T13:24:13.365-07:00Suposta disposição às 3:58 da manhã<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Às vezes penso que sei tudo. Outras, que tenho sempre razão. Uns dias considero-me gira, acho-me magra, sinto-me bem, estou confiante e encontro-me com um humor extraordinariamente positivo. Outros considero-me horrível, acho-me gorda, sinto-me mal, estou insegura e encontro-me com um humor excecionalmente nocivo. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">É normal, sou mulher. Aliás, é normalíssimo. Mas apesar de tudo isso, tenho a impressão (talvez iludida) de que penso bastante. Umas vezes melhores que outras. Depende da disposição.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se calhar diria que tenho um certo ciclo a cumprir. Depois de ver o mundo pela primeira vez, é obrigatório receber visitas de meia em meia hora e ver todo o tipo de caras sorridentes e os seus gestos simbólicos, idênticos à mímica, a movimentarem-se em direção à minha nova cara. Vou crescendo, aprendendo a dizer "mãe" e "pai" e a dar uns passinhos com um intervalo de 5 minutos de quedas frágeis pelo meio. Depois de completar a pré primária e o 1º ciclo, já devo ter tido umas 5 bonecas de brincar, uns saltos altos brilhantes para um pé de semi-princesa. Em seguida, passo pela fase da bicicleta sem rodinhas, das coleções de cromos e jogos de cartas. Mais tarde, a matemática complica-se, as responsabilidades triplicam e os telemóveis já são a cores e recebem fotografias. Começo a ter as primeiras festas de dança e no cinema, a viver ridículos amores escolares e a perder muito do meu tempo com inúteis discussões de roupa com as minhas "melhores amigas". Até que faço 16, e tenho de decidir uma área, que restringe as portas do meu futuro a todos os níveis. A minha mãe ainda me leva à escola e nem o arroz sei cozer, mas já tenho que ter em mente que tipo de vida quero levar, que tipo de emprego quero ter. Esforçar-me para as boas notas. Sem esquecer as saídas até às 5 da manhã a dançar em função da música comercial, as idas ao ginásio 2 vezes por semana para compensar as tabletas de chocolate comidas numa só tarde, acompanhar a minha série preferida que relata a história de vida de uma série de pessoas que não existem realmente e as idas constantes e diárias ao facebook, que me deixam a par das novas fotografias do rapaz giro de olhos verdes e da rapariga com pernas altas e esqueléticas. Depois, tento conjugar a minha função de estudante exemplar, filha educada e amiga presente, com a função de realização pessoal momentânea. Quando fizer 18 anos tenho 150 convidados para a minha festa, que promete ser a melhor do ano. Já estudo para tirar a carta de condução e agora passo a tomar decisões por mim própria. Acabo o secundário. Tenho que ter média suficiente para entrar numa boa universidade com um curso acessível. Se falhar, passo um ano a melhorar notas ou vou trabalhar num café para ganhar umas massas. Fazer-me à vida. Viagens curtas com amigos. Festas da faculdade. Namorados a curto prazo. Ter os famosos "melhores anos de sempre". Conhecer o homem da minha vida e casar-me com ele. Arranjar um emprego, construir uma família. Ter uma casa. Se possível com jardim, piscina, um cão e no mínimo uma empregada que me arrume e limpe a casa, cozinhe e trate daquilo que for mais chato. Fazer grandes jantares com entradas requintadas e abrir uma boa garrafa de vinho. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ir correr quase todas as manhãs. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Beber café e lanchar com as amigas quase todos os dias. Ir ao cabe</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">leireiro quase todas as semanas e a</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">os fins de semana, ir jantar com os filhos a casa dos avós.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Os anos passam a correr. As rugas aparecem, a paciência diminui e o cansaço aumenta. Agora vejo televisão durante o dia e sou eu que recebo </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">os netos aos fins de semana. Costumo ir à praça e à missa. Café com leite e torradas com geleia sempre presentes. Enfraqueço. Acabo por ser enterrada. Relembrada. Razão de missas e intenções. Provocadora de choros de saudade e momentos de boa recordação. Marquei certas pessoas, mas já me fui embora. Para um sítio melhor.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Esqueci-me de alguma coisa? </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Hoje a disposição chegou a um rascunho de nada sobre o que é, para mim, viver:<br />Nascer, respirar, chorar. Rir, falar, andar.<br />Ser criança. Ser adolescente. Respeitar a minha tensão hormonal. Aprender a pensar e não a obedecer. Imaginar o meu futuro. Talvez arranje um curso que me suscite um certo interesse cultural, intelectual e pessoal. Lutar por aquilo que realmente quero fazer, mesmo que pareça impossível a olhos alheios. Encontrar o meu futuro dentro ou fora de uma universidade. Experimentar o que tenho a experimentar. Conhecer novas caras e personalidades. Explorar novos sítios. Encontrar-me. Encontrar o meu verdadeiro lar. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Dormir. Sonhar. Acordar com sono, e namorar a cama por mais um instante. Lavar a cara com água fria e olhar positivamente para o espelho, mesmo com uma nervosa consulta ou uma irritante borbulha na testa. Vestir-me em 10 minutos, com aquilo que eu gosto sem pensar se fica a condizer. Dizer "Bom dia!". Saltar para a cozinha e fazer uns ovos mexidos com queijo e orégãos. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sair de casa. Apanhar ar. Reparar nas coisas pequenas que me passam à frente dos olhos e do coração. Com 20 ou com 50 anos.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Cheirar uma flor apanhada do chão. Andar sem meias e sapatos. Tomar banho de chuva. Ver fotografias antigas que criam nostalgia. Ouvir uma boa guitarrada. Ler um grande poema. Gritar no cimo de uma montanha. Lamber a massa que restou do bolo. Contar as estrelas. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Falar com um estranho. Ajudar um perdido.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Rir sem propósito. Andar sem medo. Dançar sem vergonha. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Dar sem tencionar receber. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ver o mundo com todas as cores. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Aprender a lidar com a boa e a má notícia. Saber ouvir uma crítica e um elogio. Saber pedir perdão e aprender perdoar. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Explorar! Procurar! Q</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">uestionar! </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Chegar às minhas conclusões. Decidir as minhas opiniões. Revoltar-me contra clichés, padrões de vida lançados, preconceitos e juízos </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">pré-definidos. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Criar uma revolução. Tornar-me independente.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sentir-me concretizada com ou sem casamento, com ou sem emprego fixo, com ou sem casa com piscina e jardim e festejar com ou sem uma garrafa de vinho. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Fazer-me à vida! </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Criar vários caminhos e seguir a estrada certa. Afinal, é disso que é feita a vida, caminhos e estradas, não é?</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Vou viver supostamente à minha maneira. Se assim for, supostamente vou ser feliz!<br />Mas a esta hora, o suposto era estar na cama...</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-5917653788260094922013-08-29T11:02:00.000-07:002013-09-03T13:25:03.801-07:00Rima perdida mas sentida<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Acordo às tantas da manhã. Tenho que me entreter com alguma coisa sem acordar a minha irmã.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Desenho ao escuro e lanço traços sem qualquer nexo. Reflexo perplexo de algo muito complexo.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Lido com o bloqueio mental e roo as unhas de uma maneira brutal.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">As t shirts do avesso, os cabelos despenteados, os livros a meio e os planos descontrolados.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Talvez esteja mal habituada. Não sei como lidar comigo, talvez dê uma cabeçada.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fechada no mundo à parte numa cadeira só, desprezo olhares alheios e encho a minha alma de pó.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">As palavras são raras depois desta situação. Sinto me perdida na Terra como Eva e Adão. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-31180776969419883782013-08-28T04:31:00.002-07:002013-08-28T04:33:06.645-07:00100% humano<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quando </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A furia surge e</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A inveja permanece,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A intolerancia existe,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A incompreensão insiste,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A insensibilidade persiste.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A sentença evoluí,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A visão limita-se,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A personalidade murcha,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A confiança deprime,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A vida entristece,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A alma morre.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O corpo fica.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-39788762648923598282013-08-28T03:40:00.002-07:002013-08-28T03:42:23.120-07:00O teu tamanho<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fecha os olhos e conta até ao infinito, grandeza que aparenta não ter fim.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Assim que não souberes mais e julgares teres atingido o teu limite, pensa sobre ele.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Desorganiza as tuas ideias. Duvida das tuas crenças. Questiona a tua sabedoria.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Concluí que nada és, que nada sabes.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Aí, experimenta viver consciente de que tudo tem uma dimensão e tenta definir a tua.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2191542693635402911.post-34355296646939813772013-08-28T03:33:00.002-07:002013-08-29T14:08:19.838-07:00Dias de Crise<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Os períodos a que chamamos crises são dias apagados, em que as sombras sofredoras atormentam as suas 24 horas.<br />Quando parece não haver razão para sorrir.<br />Quando é rara e pequena a luz que tentamos agarrar para escapar da ilusão que nos mata.<br />Quando julgamos não ter motivos para agir e reagir.<br />Quando ouvimos o mundo sussurrar: "Não vale a pena"<br />Sinceramente, somos escravos do negativismo e acabamos obrigados a esfregar a sujidade que nos preenche.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03379304763571526035noreply@blogger.com0